sexta-feira, 25 de abril de 2014

Tempo, tempo

O tempo corre...acho que ele deveria passear e observar as mazelas da vida e achar graça...
Acho que o tempo deveria ser preguiçoso como as tardes do meu pequeno...as quais ele se deleita em devaneios coloridos e engraçados dentro dos seus pequenos sonhos...
O tempo deveria ser nulo como na intensidade de se ver do meu mais velho, onde nada se cabe em 24 horas e todo segundo é muito precioso na sua sede de viver...
Esse tempo deveria ser elástico na proporção da necessidade do que eu tenho pra resolver, realizar, planejar e organizar...Ahhh e não esquecer!
O senhor tempo de veria ser negociado no sentido que meu querido pudesse exercer a sua vontade nas coisas que precisam ser feitas e ele sempre pede o seu tempo pra se fazer...
O tempo deveria ser sossegado...assim eu sentaria ali no sofá todo entardecer e assistia ele ir de mansinho e sorrateiro visitar o Japão...
Ele deveria ser paciente e esperar todo dia o meu sono acabar...assim eu não pularia da cama e sim espiaria de canto de olho meu bebê que ali dorme e sorriria radiante todos os dias...
Esse tempo deveria ser menos teimoso...para que ele não fosse passando e arrastando com eles os melhores dias...
O tal do tempo deveria ser mais camarada...porque ai eu teria um monte de tempo pra eu me afundar na pipoca e matar a tarde vendo sessão da tarde com as crias...
O tempo deveria ser mais matreiro...roubando a persistência dos dias feios...
Ah...esse tempo deveria ser tudo aquilo que a gente espera dele...
Menos malvado de levar meus anos de juventude...de levar os tempos de crescer do meu bebê...de levar a intensidade de adolescer do meu filhão...de matar o tempo do meu querido...
Mas não serie eu o ser a não ser justo com o tempo...
Pois o tempo é sábio e confortando...leva embora a intensidade da dor, a força da mágoa e a incompreensão das palavras...ajuda a diluir nuvens e fazer surgir novas eras...
Eis o tempo...velho amigo...amigo de guerra!